Entrevista com o fã e coleccionador: Antonio Aldi Brilhante

Entrevista conduzida por José Carlos Francisco.

Para começar, fale um pouco de si. Onde e quando nasceu? O que faz profissionalmente?
Antonio Brilhante: Eu sou uma pessoa simples, nasci no Estado brasileiro do Rio Grande do Norte, onde vivi até aos 18 anos, morava na zona rural e trabalhava na agricultura, do local onde eu morava para a cidade de Campo Redondo, a mais próxima eram 4 km e estudava à noite. Foi na escola José Borges de Oliveira que terminei o curso fundamental. Actualmente moro na cidade de Guarabira, Estado da Paraiba, sou bancário e no final do semestre de 2008 terminei o curso de História na Universidade Estadual da Paraiba – UEPB.

Quando é que teve início esta paixão pela Banda Desenhada, em especial pelo Tex?
Antonio Brilhante: Quanto à minha paixão pela banda desenhada, ela nasceu por volta de 1970, quando eu li uma variedade de quadradinhos da Disney, Akim, Fantasma, Mandrake, Zorro e outros. Quanto a Tex eu tomei conhecimento de uma forma bem surreal, pois eu estava no campo e colhia algodão quando vi algumas folhas de revista sendo levadas pelo vento. Fui ver o que eram e foi quando eu vi que eram quadradinhos e em preto e branco e na minha curiosidade apanhei e li de imediato e isso despertou em mim o interesse de conseguir o restante daquela história; era a edição de Tex número 70, “Caçadores de Escalpos“.

Porquê o Tex e não outra personagem?
Antonio Brilhante: Porque Tex? Tex é uma personagem carismática, as tramas desenvolvidas pelos contadores de histórias envolvem o indivíduo e quem ler uma vez Tex jamais deixará de ler. No meu ponto de vista Tex é uma criação da casa Bonelli em que nós leitores nos espelhamos e digo mais, ele é totalmente do bem.

O que Tex representa para si?
Antonio Brilhante: Tex para mim é um exemplo a ser seguido, porque ele dá uma demonstração de fidelidade e de segurança. Tex não tem meias palavras, para ele é tudo ou nada, quem pratica o mal deve ser punido e os bons devem protegidos; é isso que Tex representa para mim.

Qual o total de revistas de Tex que tem na sua colecção? E qual a mais importante para si?
Antonio Brilhante: Actualmente tenho um total de 403 revistas! Para mim há algumas importantes como a edição de Tex Coleção nº 1, “Mão Vermelha“, a edição gigante “O Vale do Terror” e o Almanaque de Tex nº 25 “Retorno a Culver City“. Eu posso dizer que esta edição é importante para mim pelo facto de desvendar mais um pouco do passado de Tex, como por exemplo quando ele fala que quando era menino ia com o irmão Sam pescar no rio, ou quando Tex leva Kit Willer para ver os túmulos dos avós paternos. Estes momentos mostram quanto Tex é humano.

Colecciona apenas livros ou tudo o que diga respeita à personagem?
Antonio Brilhante: Além de ser um aficionado leitor de Tex, tenho sim uma pequena biblioteca se é que posso chamá-la assim, porque quando eu estava na Universidade essa minha pequena biblioteca auxiliou-me bastante na área de pesquisa. O que posso encontrar em relação ao Tex não deixo de comprar, mas na Paraiba e principalmente aqui na cidade de Guarabira é muito difícil conseguirmos adquirir todas as edições, quanto mais algo de especial sobre o Ranger.

Qual a sua história favorita? E qual o desenhador de Tex que mais aprecia? E o argumentista?
Antonio Brilhante: As histórias de Tex são tantas, mas posso dizer que “El Muerto“, “Forte Defiance” e “Forte Apache” estão entre as minhas preferidas. Quanto aos desenhadores, dos antigos gosto muito de Galleppini, Ticci e Lettèri, já da safra nova prefiro Claudio Villa. Sobre quem escreve melhor, Bonelli (pai) é inquestionável, mas também gosto muito de Nizzi, embora ele ultimamente venha sofrendo uma crítica pesada.

O que lhe agrada mais em Tex? E o que lhe agrada menos?
Antonio Brilhante: O que me agrada mais em Tex? Tudo! Ele é duro quando precisa ser, é irónico e também nunca está na mó de baixo, pois sempre tem uma saída. Também gosto muito da eterna guerra entre ele e Carson, pois é ali que a personagem criada por G. L. Bonelli se completa.

Em sua opinião o que faz de Tex o ícone que ele é?
Antonio Brilhante: Na minha opinião, o que faz ser o que Tex é hoje, foi a forma com o decorrer do tempo como foi sendo construído, adequando a personagem a cada mudança que acontece sem ferir a estrutura como um todo, por isso Tex permanece inoxidável.

Para concluir, como vê o futuro do Ranger?
Antonio Brilhante: Eu vejo que ainda haverá Tex por muito tempo longe das eternas pradarias, pois não será tão cedo que o Ranger irá decair, porque ele sempre se adequa ao momento, não importa como esteja a situação global, porque Tex é Tex!

Prezado pard Antonio Aldi Brilhante, agradecemos muitíssimo pela entrevista que gentilmente nos concedeu.

(Para aproveitar a extensão completa das fotografias acima, clique nas mesmas)

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