BANG! BANG! BANG! TEX CHEGOU À AMADORA – 2

Bruno Ramella, desenhador da Sergio Bonelli Editore: «O que gosto menos de desenhar numa história de Tex, são os chapéus».

Por Jorge Magalhães (texto) e Dâmaso Afonso (fotografias) [1]

No passado dia 29 de Setembro, a sede do Clube Português de Banda Desenhada (CPBD), na Amadora, foi palco de uma concorrida sessão de abertura da exposição comemorativa dos 70 anos de Tex, com a presença de dois autores italianos que trabalham para a Sergio Bonelli Editore: Bruno Ramella (desenhador) e Moreno Burattini (argumentista). Seguiu-se um colóquio, a que assistiu também numeroso público, enchendo toda a galeria principal do CPBD (que foi pequena para conter tanta gente), com intervenções de Ramella e Burattini, secundados por Pedro Mota, do CPBD, José Carlos Francisco e Mário João Marques, do Clube Tex Portugal, que actuaram como apresentadores e intérpretes.

O animado colóquio terminou com uma longa sessão de autógrafos (quase três horas), em que ambos os convidados diligenciaram, com a proverbial afabilidade dos artistas italianos que nos têm visitado, corresponder aos pedidos dos seus numerosos fãs, realizando, sem exagero, dezenas de ilustrações (pois até Burattini quis mostrar o seu jeito para o desenho, uma forma de expressar, em contraponto à escrita, o temperamento bem-humorado que o caracteriza e que contagiou toda a assistência).

Desse memorável evento no CPBD, resultante de uma nova parceria com o Clube Tex Portugal, demos já notícia no nosso blogue — como podem (re)ver aqui. Hoje, mostramos também algumas fotos da exposição, constituída por 30 pranchas de desenhadores cujos nomes estão associados à longa saga de Tex, durante sete décadas de retumbante sucesso editorial, a começar pelo incontornável Aurelio Galleppini, primeiro criador gráfico de um dos mais icónicos heróis do Oeste na Banda Desenhada.

Estas fotos foram-nos também enviadas pelo nosso amigo Dâmaso Afonso, membro destacado do CPBD, a quem renovamos os nossos agradecimentos. Nos dois primeiros painéis, figuram imagens de La Mano Rossa, a aventura inaugural de Tex, em 1948, com guião de Gianluigi Bonelli. Nos seguintes, expõem-se pranchas de Erio Nicollò, Virgilio Muzzi, Raphael Marcello, Aldo Capitanio, Giovanni Ticci, Stefano Andreucci, Bruno Ramella, Michele Rubini e Alessandro Bocci.

Uma notável exposição, com muito mais para ver, como mostram as fotos das vitrinas, recheadas de livros, revistas, pósters, figurinos, estatuetas e outras curiosidades texianas, itens raros e preciosos oriundos de colecções particulares.


[1] (Texto publicado originalmente no Blogue “Era uma vez o Oeste, em 5 de Outubro de 2018)

(Para aproveitar a extensão completa da imagem acima, clique na mesma)

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