“O Homem do Chicote” de Nizzi, Fusco e Civitelli: A longa história do Superalmanaque Tex #3

Superalmanaque Tex é uma série recente da Mythos Editora, com periodicidade anual, que se estreou em Dezembro de 2019 e que intercala uma aventura longa de cerca de 500 páginas com uma colectânea de um grande autor e com a particularidade de estar disponível em dois formatos: o chamado formatinho, em papel jornal, que é distribuído pelas bancas do Brasil e o denominado formato italiano, com papel offset, que está à venda somente através do site da Mythos Editora.

A edição de estreia do Superalmanaque Tex, trouxe o título EM NOME DA LEI, uma extensa aventura escrita por  G. L. Bonelli e desenhada por Erio Nicolò, que para além de ser uma das maiores histórias de Tex (mais de meio milhar de pranchas, inclusive aquando da publicação original, a história prolongou-se por cinco números do título mensal do Ranger) é também uma das histórias mais apreciadas pelos fãs.

Superalmanaque Tex #1

Por sua vez o Superalmanaque Tex número 2 foi publicado em Dezembro do ano passado e trouxe então uma colectânea de um dos mais afamados e apreciados desenhadores de Tex: Giovanni Ticci.
Vingança de índia, O massacre de Goldena e Assalto ao trem.
Pela primeira vez num único volume, algumas das primeiras histórias de um dos maiores intérpretes de Tex, Giovanni Ticci. Os trabalhos iniciais do mestre que influenciou mais de uma dezena de desenhadores do Ranger em três histórias escritas por Gianluigi Bonelli, nas quais encontramos as suas inspirações nos clássicos americanos da era de ouro, as homenagens a Galep e o seu amor sem fim pela aventura. Três histórias de Fronteira, três histórias de vingança, de tenacidade, de caçada humana, de espírito de revanche. A alma do oeste em seu mais resplandecente esplendor.

Superalmanaque Tex #2

A pouco mais de um mês de distância, o Tex Willer Blog já pode apresentar o Superalmanaque Tex número 3, com lançamento previsto para dia 30 de Novembro deste ano. Uma edição verdadeiramente épica que terá 516 páginas… com uma história de 504 páginas do trio Nizzi/Fusco-Civitelli: “O Homem do Chicote” (no original italiano “L’ uomo con la frusta“; Tex 365 a 369) e com a particularidade de ter uma capa inédita da autoria de Claudio Villa que deste modo se estreia como capista nesta série anual.

Superalmanaque Tex #3 – Capa (inédita) de Claudio Villa

Dada a sua extensão, esta história (mexicana, onde Tex acaba diante de um pelotão de fuzilamento) foi, na época da sua realização (1991), sujeita a uma interessante experiência: foi dividida em duas partes (com a segunda que é obviamente a continuação da primeira), confiada a dois desenhadores diferentes e que a Mythos Editora vai então agrupar numa única edição verdadeiramente especial: “Havia o receio de que entregar 504 páginas a um só desenhador faria com que o tempo de elaboração desta aventura se esticasse muito, prejudicando a data prevista para publicação”, relatou o roteirista de O Homem do Chicote, Claudio Nizzi, daí a opção por uma dupla de desenhadores.

L’uomo con la frusta

Quanto à história em si: Ao receber o que pensa ser um pedido de ajuda de seu amigo Montales, Tex vai até ao México para encontrar-se com ele. Porém, tudo não passa de uma farsa para prender o Ranger numa armadilha diabólica e encerrar a sua existência. Tex é acusado falsamente da morte de dois Rurales e é condenado à morte, chegando a ficar frente a frente com o pelotão de fuzilamento. Enquanto isso, os seus amigos tentam de todas as formas livrá-lo da execução, mas parece que todas as portas se fecham…

Superalmanaque Tex #3

(Para aproveitar a extensão completa das imagens, clique nas mesmas)

7 Comentários

  1. Eita! Estou ansioso para ler esta maravilha! É de mais uma das coleções do coração junto com a Mensal, a anual e a gigante! Adoro esses tijolos!

  2. Capa feiosa (provavelmente algum descarte que agora é reaproveitado) poderiam usar uma das originais, como já vem se fazendo.

  3. Realmente poderiam usar uma das capas originais, não sei porque a Mythos inventa de colocar capa inédita em histórias antigas.

  4. Duas sugestões para o Dorival, já que essa é uma série de sucesso, da qual gosto muito, e que tem duas versões, uma mais popular e outra mais cara, que é a que eu prefiro.

    Mudar a periodicidade de anual para semestral.

    Adotar nas duas versões (ou pelo menos na mais cara) as capas com orelhas, pois são edições volumosas e as orelhas, além de servirem para publicar informações sobre a obra ou os autores, ajudam a proteger a edição, evitando que a capa fique envergada e as bordas desgastadas pelo manuseio.

    Vida longa ao Superalmanaque do Tex!

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