A HOMENAGEM da SBE a Sergio Bonelli: A memória não desaparece…

[1] Artigo publicado no sítio Internet Sergio Bonelli Editore em 2 de Dezembro de 2017.


No dia em que ele teria completado oitenta e cinco anos, queremos dedicar um pensamento ao inesquecível Sergio Bonelli.

Hoje, 2 de Dezembro de 2017, Sergio Bonelli teria completado oitenta e cinco anos. De facto, ele nasceu a 2 de Dezembro de 1932 em Milão, uma cidade onde passou a maior parte da sua vida, apesar de ser um gira-mundo.

Através das memórias que lhe dedicamos nos últimos anos, muitas vezes aproveitamos as fotos das suas viagens, que para nós na redacção estão imediatamente associadas aos momentos em que Sergio, dessas viagens, reentrava na Via Buonarroti e nos dias seguintes compartilhava voluntariamente connosco, pequenas e grandes anedotas. Histórias fascinantes, às vezes até engraçadas porque, embora contadas com sabedoria, nunca deixavam de dar um olhar irónico às aventuras que o nosso editor havia vivido ou, talvez, mesmo nos incidentes de percurso que haviam acontecido com ele. Ou, ainda, nos encontros com as personagens mais incomuns, como aquele com um muito cativante Capitão Vega…

José Carlos Francisco com uma recordação de Sergio Bonelli e Boris Kaminsky, uma das duas personalidades (a outra era o Capitão Vega) que inspiraram o seu Jerry Drake, quando estava à procura da ideia apropriada para um novo herói

Foi em Palenque, no México, que conheci, num aeroporto em ruínas, um jovem muito simpático e muito bem apresentável, vestindo uma jaqueta de couro e que se fazia chamar de Capitão Vega. Um nome já pronto e bem apropriado para se dar a uma personagem de banda desenhada! Ele tinha um cinturão com uma pistola e viajava com o seu avião para cima e para baixo no Yucatán, entre uma fazenda e o outra, transportando leitões, verduras, provisões de todos os géneros. E quando via um turista, ele levantava-se do seu assento e dizia: “Está bem, eu vou  levá-lo onde você quiser!” Veio-me à mente, então, a ideia de uma personagem de banda desenhada que ganharia a vida com um Piper. Decidi porém transferi-lo para a Amazónia.“.

Eis como Sergio Bonelli contava a centelha que lhe deu a inspiração para o seu amado Mister No. É assim, nesta ocasião em que completaria mais um aniversário, que queremos dedicar um pensamento ao nosso inolvidável editor: dividindo convosco esta bela história.

O Capitão Vega e o seu Piper

(Para aproveitar a extensão completa das imagens acima, clique nas mesmas)

6 Comentários

  1. Cmt* Zeca (PT-JCF)* – Vc sabe(ou alguém?) o período em que o Sergio Bonelli passou (viajando) por Santarém, no PArá-BRasil?

    *Cmt = Comandante.
    PT-JCF(prefixo da suposta aeronave do Zeca)
    *JCF = José Carlos Francisco.

    • Prezado pard Ivo, com precisão não lhe sei responder, mas foi ainda no século passado…

  2. Ele é de facto inesquecível e a obra da sua vida está muito bem e recomenda-se. Vivamente!

  3. Referia-me, claro, à editora, personagens e caudal inexaurível de histórias que continuam a alimentar o nosso imaginário.

  4. Até hoje ainda não percebi porque é que Mister No ainda não teve direito a uma “collezione storica a colori”. Um personagem tão peculiar como Jerry Drake, com imensos fãs e leitores, tem sido deixado para trás em detrimento de outros personagens bem mais fracos (Martin Mystere, por exemplo). É pena…

    • Caríssimo Amigo Emanuel, eu creio que tal se deva ao facto de Mister No já não ser publicado regularmente, se bem que em breve vamos ter novas histórias de Mister No…

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