Entrevista com o fã e coleccionador: Thiago Cavalcante da Silva

Entrevista conduzida por José Carlos Francisco.

Para começar, fale um pouco de si. Onde e quando nasceu? O que faz profissionalmente?
Thiago Cavalcante: Eu nasci em 1980, no interior da Bahia, na cidade de Ibotirama, onde vivi até o inicio da adolescência, depois disso meus pais se mudaram para cidade de Itaberaba, também na Bahia, e há 13 anos vivo em Salvador.
Trabalho na área da Saúde, enfermagem, também tenho formação na área de educação.

Quando nasceu o seu interesse pela banda desenhada?
Thiago Cavalcante: Desde a infância, lá pelo inicio da alfabetização, quando conseguia ler as primeiras palavras, minha mãe usava as revistas em quadrinhos para que eu e minhas irmãs desenvolvêssemos a leitura.

Quando descobriu Tex?
Thiago Cavalcante: Com 7/8 anos, a leitura estava bem desenvolvida, morava na roça, rodeado de cavalos, bois, vacas. Não lembro ao certo se meu pai ou minha mãe que trouxe uma revista do Tex, uma revista diferente para criança, sem o colorido convencional, aí foi paixão a primeira leitura.

Porquê esta paixão por Tex?
Thiago Cavalcante: Tex para mim é nostalgia, lembranças da boa infância, as histórias são sempre surpreendentes e de uma qualidade que dificilmente encontramos em outros personagens. Além do hobby que é coleccionar, a leitura, viajar pelo velho Oeste. Agora com as revistas em formatos Luxo, onde a qualidade do papel é diferenciado, a coloração, os formatos maiores e a qualidade dos diversos desenhadores.

O que tem Tex de diferente de tantos outros heróis dos quadradinhos?
Thiago Cavalcante: O alto nível de qualidade das histórias, um personagem muito realista (carne e osso) que tem as suas dores, lembranças, o senso de justiça. Tex é um homem justo, suas histórias com abordagens tão actuais, como preconceito, as lutas das minorias, as inversões de valores, e Tex é contra tudo isso.

Qual o total de revistas de Tex que você tem na sua colecção? E qual a mais importante para si?
Thiago Cavalcante: Eu tenho uma média de 300 revistas, distribuídas em algumas colecções e formatos. Não tenho uma mais importante, mas tenho um carinho especial pela Edição em Cores e porque traz as histórias em ordem cronológica.

Colecciona apenas livros ou tudo o que diga respeita à personagem italiana?
Thiago Cavalcante: Colecciono apenas Revistas de Tex.
Tenho muitos livros de temas em geral, que volta e meia faço doações desses livros.

Qual o objecto Tex que mais gostaria de possuir?
Thiago Cavalcante: As Miniaturas do Tex, seus pards e de seus inimigos também.
Meu sonho de consumo! rs rs rs…

Qual a sua história favorita? E qual o desenhador de Tex que mais aprecia? E o argumentista?
Thiago Cavalcante:
Tenho algumas histórias favoritas: Oklahoma, Juramento de Vingança, Caçada Humana, Patagônia, Retorno a Culver City, Entre Duas Bandeiras.
Quanto aos desenhadores, o primeiro é o Claudio Villa, seguido por Fabio Civitelli. Já o argumentista posso citar o Gian Luigi Bonelli.

O que lhe agrada mais em Tex? E o que lhe agrada menos?
Thiago Cavalcante: A longevidade do personagem, a linearidade das histórias e o senso de Justiça.
O que menos agrada é o facto de o personagem não aparecer um pouco mais velho nas histórias, poderiam envelhecê-lo, só um pouquinho!

Em sua opinião o que faz de Tex o ícone que é?
Thiago Cavalcante: Os seus 72 anos de histórias, um personagem diferenciado e que apesar da idade é bem actual.

Costuma encontrar-se com outros coleccionadores?
Thiago Cavalcante: Infelizmente não, apesar de ter ocorrido o 1º ENCONTEX CHAPADA DIAMANTINA esse ano aqui na Bahia, com os compromissos do trabalho não pude comparecer.

Para concluir, como vê o futuro do Ranger?
Thiago Cavalcante: Acredito que se mantenha o sucesso. Tenho visto nas redes sociais muitos jovens interessados pelo personagem, vale destacar também uma maior divulgação dentro do mundo dos quadradinhos nos Canais digitais, onde destacam a qualidade e o surgimento de publicações mais modernas com o intuito de atrair mais leitores. Assim, o nosso Ranger ainda terá muitos anos de vida e com a qualidade de sempre. Vida longa ao TEX.

Prezado pard Thiago Cavalcante, agradecemos muitíssimo pela entrevista que gentilmente nos concedeu.

(Para aproveitar a extensão completa das imagens acima, clique nas mesmas)

12 Comentários

  1. Thiago, os personagens em quadrinhos não envelhecem (só nós os leitores envelhecemos) nem Zagor, o Pato Donald ou o Zé Carioca ficam velhos; veja que as próprias histórias de Tex têm duas versões que são usadas conforme os personagens históricos que nela aparecem, em uma versão Kit Willer só nasce depois da guerra civil americana que terminou em 1865 e em outra Kit Willer já tem uns 20 anos e aparece em histórias com o chefe apache Cochise que morreu em 1874, de modo que Kit nessas histórias teria de ter nascido por volta de 1850; isto só mostra o grau de liberdade que os roteiristas têm em cada história.

  2. Entrevista arretada! Sempre gosto de ver o amor que os fãs têm pelo personagem e como o Tex muda e melhora nossas vidas.

  3. Que linda coleção parabéns, também sou um texiano de coração e leitura tenho umas 45 HQs entre vários formatos .
    Vida longa a TeX Willer!
    Abraço pard !

  4. Obrigado gente por fazer parte das nossas vidas. Tex meu eterno Herói. Amei a reportagem com meu irmão. Feliz por demais!!

    • Tex já faz parte da Família há muito tempo! Nosso herói…
      Obrigado minha querida irmã!
      Bjo

  5. Como o amigo fez pra cobrir o desenho das lombadas de As Grandes Aventuras de Tex? Usou adesivo? Gostaria de fazer nas minhas.

  6. É, talvez, o grande presente das entrevistas do Blog do Tex, descobrir, descortinar, apresentar e definir novos leitores e colecionadores do The Amazing Tex Willer.
    Como sempre, o Tex vai bem para o garoto do campo ou vilarejo, cujo pai ou mãe lhe busca um futuro melhor e dentre tantas opções, escolhe a melhor, a leitura, que traz conhecimento, discernimento e sabedoria.
    Aliás, nem só de descobertas de texianos vive o Blog do Tex, mas da descoberta de grandes talentos. Aqui relembro e cito o Jorge Magalhães, de quem me tornei fã. E tantos outros pards texianos.
    Dessa forma, o entrevistamento, esta ferramenta, essa plataforma, é um extraordinário relicário texiano, por contar histórias daqueles que dão sustentação permanente à publicação do Grande Herói do Faroeste, o homem de amarelo que faz Justiça a Qualquer Preço.

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