UMA HOMENAGEM DO BRASIL, comentada pela Sergio Bonelli Editore

Elaborar e editar o Especial Sergio Bonelli foi um trabalho muito prazeroso para os profissionais da redacção Mythos envolvidos no projecto, como bem sabemos no staff do blogue do Tex. Foi realmente feito com carinho, como o próprio editor Dorival Vitor Lopes escreveu ao enviar os exemplares para a Sergio Bonelli Editore na Itália.

E o prazer com que essa edição foi feita no Brasil reflectiu-se no pessoal da Editora Bonelli, ao ter o volume nas mãos. Achamos até que se emocionaram mais do que os próprios profissionais da Mythos, pelo que se vê da bela matéria publicada com destaque no site da SBE (como pode ser visto clicando AQUI), o que certamente gratifica ainda mais, daí o blogue português do Tex endereçar os mais efusivos parabéns aos editores mythosianos!

Para que todos os leitores possam então ler as belas palavras oriundas da Sergio Bonelli Editore, publicamos de seguida o texto devidamente traduzido para a nossa língua:

UMA HOMENAGEM DO BRASIL!

Mythos, a Editora de São Paulo que há anos publica as nossas personagens, produziu um volume especial em recordação de Sergio Bonelli.

A presença dos heróis bonellianos no País do samba, do futebol bailado, das imensas florestas da Amazónia e das melodias sem tempo de Vinícius de Moraes, Antônio Carlos Jobim e Caetano Veloso não é novidade, visto que as aventuras do nosso Ranger são publicadas no Brasil desde os distantes anos 50 e, mesmo a atravessar várias vicissitudes e a passar pelas mãos de várias editoras (da Rio Gráfica Editora à Editora Vecchi, da Globo à actual Mythos), para os aficionados representam, ainda hoje, um encontro imperdível com os quiosques.

Todos os meses a Mythos Editora dá vida a numerosas revistas aos quadradinhos (e não só a isso), a propor sobretudo heróis made in USA. Mas entre as suas publicações, desde 1999 encontram amplo espaço o já citado Tex (com todas as suas edições especiais e as várias reedições), seguido no passar do tempo por Zagor, Mágico Vento e Júlia. Recentemente, por ocasião do segundo aniversário do falecimento de Sergio Bonelli, Dorival Vitor Lopes, ladeado pelo já histórico tradutor das histórias bonellianas no Brasil, Júlio Schneider, lançou uma edição verdadeiramente especial que, quando chegou às nossas mãos, realmente nos emocionou.

Nas 340 páginas de Tex apresenta Especial Sergio Bonelli os nossos amigos brasileiros buscaram verter todo o afecto que os ligava a Sergio, e confeccionaram uma pequena preciosidade. Aos exemplares que nos enviou, o editor Dorival Vitor Lopes acrescentou uma nota, sintética mas eficaz: “Esta edição nós fizemos como uma homenagem sentida ao nosso querido Sergio, e nela colocamos muita paixão. Eu acho que é a mais bela edição Bonelli já feita no Brasil“. Em uma mensagem por e-mail, eis o que nos disse Júlio Schneider, a deixar entrever uma certa emoção e um evidente e justificado orgulho: “Eu soube que o ‘Especial Sergio Bonelli’ já chegou aí: é uma edição que consideramos realmente muito especial. Escolhemos as histórias a dedo, entre as que melhor poderiam representar o ‘espírito’ de Sergio, e as matérias, como sempre, eu escrevi com o coração. São três, uma fala sobre Sergio, outra sobre as histórias incluídas no volume, e uma dedicada a Mister No. Sem contar a matéria de Gianmaria Contro que extraímos do italiano Almanacco dell’Avventura 2013, ‘Uma Bagagem de Emoções’, escolhida porque fala do Sergio viajante. O papel, o formato, a paginação, tudo foi feito com esmero, e as respostas dos leitores brasileiros à publicação são mais que positivas, com muitos elogios e muita emoção. Estamos realmente muito felizes.

Ao abrir este rico volume, além das matérias encontramos dois clássicos da produção aos quadradinhos nolittiana: o primeiro é El Muerto, de 1976, provavelmente a história mais amada pelos leitores dentre aquelas escritas por Sergio Bonelli para Tex. Dos áridos cenários do Arizona se passa ao húmido povoado sobre palafitas que Zagor visita na aventura A Porta do Medo (1964). Ambas as histórias são em versões coloridas, enquanto que em preto e branco temos um episódio realmente importante de Mister No, Uma Nova Vida, a história do volume que encerrou a série mensal dedicada ao piloto amazónico. Publicado em 2006, também representou o último trabalho como roteirista de Guido Nolitta, aliás Sergio Bonelli. A encerrar a secção de quadradinhos, as páginas feitas por Fabio Celoni em que o protagonista é o engraçado alter ego de Bonelli: Mister Bo!

Como dissemos recentemente, mesmo após dois anos de seu falecimento, a lembrança do nosso editor ainda está bem viva, e não faltam as demonstrações de afecto pela sua pessoa. Quando elas vêm de um País fascinante, distante e tão amado por Sergio como o Brasil, e de companheiros de viagem no grande mar editorial dos quadradinhos como Dorival, Júlio e todos os colaboradores da Mythos Editora, elas nos dão ainda mais prazer.

*Texto apresentado no sítio da Sergio Bonelli Editore em 7 de Novembro de 2013.
Copyright: © 2013, Sergio Bonelli Editore S.p.A.

(Para aproveitar a extensão completa das imagens acima, clique nas mesmas)

6 Comentários

  1. Lindo editorial!!!… eu que nao sou membro dessa equipe de profissionais competentes da (Mythos Editora) tendo como seu gestor maior o competente DORIVAL VITOR LOPES me emocionei!… imaginem os membros da equipe da editora… receber um mar de elogios da própria Sergio Bonelli Editore! Parabéns a todos da editora!!!

  2. Show de bola!!

    El Muerto” é meu Tex favorito, o que considero a melhor aventura de Tex.

    A Porto do Medo” li pela primeira vez há mais de 30 anos, foi uma das primeiras aventuras que li de Zagor.

  3. De fato, a mais Esmerada das edições publicadas pela Mythos, hoje, eu diria que merecia o tratamento d’O Sombra‘ e Juiz Dredd e poderia vir em capa dura e tamanho ‘maior’!!

    A melhor edição Bonelli brasileira sem sombras de dúvidas!!

    Que venham outras edições deste naipe, leitores não faltam pelo que vemos pela rede.

  4. Mister No, assim como Mágico Vento, deixa muita saudade, e uma lacuna que certamente não será preenchida tão cedo.

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