Entrevista com o fã e coleccionador: Fernantez Oliveira de Araújo

Entrevista conduzida por José Carlos Francisco.

Para começar, fale um pouco de si. Onde e quando nasceu? O que faz profissionalmente?
Fernantez Oliveira de Araújo: Chamo-me Fernantez Oliveira de Araújo, nasci na cidade brasileira de Patos de Minas no dia 8 de Junho de 1984, mas cresci na cidade de Bonfinópolis de Minas e actualmente moro em Unaí-MG. Sou Policial Militar, aqui no Estado de Minas Gerais, há seis anos e nas horas vagas toco contra-baixo numa banda de classic/hard rock com meus amigos.

Quando nasceu o seu interesse pela Banda Desenhada?
Fernantez Oliveira de Araújo: Comecei a interessar-me por quadradinhos quando estava aprendendo a ler, os meus pais sempre gostaram de leitura, e dentro de casa sempre tinha várias revistas da turma da Mônica e da Disney. Não posso deixar de citar uma coisa que me fez despertar o meu gosto pela leitura, não é banda desenhada mas influenciou-me muito: a saudosa série Vaga-Lume.

Quando descobriu Tex?
Fernantez Oliveira de Araújo: Quem me apresentou ao Tex foi o Zagor! Quando era bem pequeno, não sei bem a data, o meu pai tinha alguns exemplares de Zagor da editora Vecchi, quando li gostei muito, foi aí que comecei a interessar-me por aqueles quadradinhos em preto e branco. Depois disto o meu pai disse-me que havia um amigo dele que tinha uma colecção, aí comecei a pegar emprestado vários exemplares de Tex e Zagor e comecei a comprar de vez em quando também algumas edições. Sou fã das duas personagens italianas em igual.

Porquê esta paixão por Tex?
Fernantez Oliveira de Araújo: Quando era pequeno lia as aventuras e olhava apenas aquela diversão das histórias, os tiros, os índios… Hoje vejo que Tex é uma personagem que me faz ter um carácter, um senso de justiça e acima de tudo um coração cheio de bondade para discernir o certo do errado. Confesso que Tex é um espelho para mim no meu dia a dia!

O que tem Tex de diferente de tantos outros heróis dos quadradinhos?
Fernantez Oliveira de Araújo: Tem um universo que não muda, não precisa se adaptar às mudanças que ocorrem no nosso mundo, sobrevive como ele é. Os Heróis de hoje todos os dias têm que se reinventar para sobreviver. Tex é o mesmo há décadas…

Qual o total de revistas de Tex que você tem na sua colecção? E qual a mais importante para si?
Fernantez Oliveira de Araújo: Juntando todos os Tex (Normal, Coleção, Especial, Gigante…), tenho em torno de umas 430 revistas. A mais importante é a número 1, “O Signo da Serpente”, da segunda edição da editora Vecchi.

Colecciona apenas livros ou tudo o que diga respeita à personagem italiana?
Fernantez Oliveira de Araújo: Colecciono apenas as revistas. Se tivesse acesso a outros materiais com certeza gostaria de adquirir também.

Qual o objecto Tex que mais gostava de possuir?
Fernantez Oliveira de Araújo: Gostaria de possuir as edições da editora Vecchi e Rio Gráfica, tenho poucas edições dessas duas editoras aqui na minha colecção.

Qual a sua história favorita? E qual o desenhador de Tex que mais aprecia? E o argumentista?
Fernantez Oliveira de Araújo: Histórias são várias, acho que uma que me marcou foi “Terra Prometida”, que foi uma das primeiras que li. Também gosto de “O Signo da Serpente” e todas com Mefisto e Yama, e o Tex Gigante “A Última Fronteira”. Desenhador da fase antiga com certeza Galep, da fase mais actual sou grande fã de Miguel Angel Repetto. O argumentista preferido é Gianluigi Bonelli. Admiro também os roteiros escritos por Sergio Bonelli.

O que lhe agrada mais em Tex? E o que lhe agrada menos?
Fernantez Oliveira de Araújo: Admiro a capacidade de sempre dar a volta por cima e a qualidade de estar disposto a ajudar as pessoas em qualquer situação. Tex não tem nada que me desagrade.

Em sua opinião o que faz de Tex o ícone que é?
Fernantez Oliveira de Araújo: Primeiramente a competente equipa que cuida do ranger há tanto tempo. Depois a enorme legião de fãs que apesar da dificuldade nunca deixou de estar presente. E por último a própria personagem, que se não fosse um grande líder não poderia nos guiar e nos divertir por todos estes anos nesta árdua jornada que se chama vida!

Costuma encontrar-se com outros coleccionadores?
Fernantez Oliveira de Araújo: Não. Os que conheço infelizmente já venderam as coleções há tempos…

Para concluir, como vê o futuro do Ranger?
Fernantez Oliveira de Araújo: Vejo um futuro bem promissor, levando em consideração que Tex é uma das poucas personagens que sobreviveram a tantas crises financeiras aqui no Brasil e no mundo. Se depender de mim ele vai durar ainda por várias e várias gerações…

Prezado pard Fernantez Oliveira de Araújo, agradecemos muitíssimo pela entrevista que gentilmente nos concedeu.

(Para aproveitar a extensão completa das imagens acima, clique nas mesmas)

5 Comentários

  1. Legal tua entrevista Fernantez, faço votos que continue nessa cavalgada com Tex e seus pards, abração.

  2. Parabéns Fernantez Oliveira Araújo, pela entrevista, concedida a revista Tex, conheço uma pessoa aqui em Bonfinópolis de gosta muito de ler esta revista, não sei se ele coleciona… parabéns a você e a revista Tex.

  3. Que chique mano!!! Ficou muito boa a sua entrevista, quem é fã é fã de verdade né.
    Beijooo, e parabéns!

  4. Legal cara, babei nas tuas fotos. Tu tens a 1, 2 e 6!! Te respeitei cara, eu tenho a 3 e a 5, primeira edição, ontem mesmo levei elas a uma exposição de gibis num colégio daqui. E vi que tu curte também A Flor da Morte, Tex 65, que foi o primeiro Tex que eu li. Legal cara. Vou ler a tua entrevista agora.

  5. Valeu pard! Sua coleção é estupenda! Que os deuses dos quadrinhos nos permitam que tenhamos o Tex por longos e longos anos para que possamos ter coleções como a sua. Por menor que seja aquela, sua, minha coleção, permite que o Tex sobreviva por muito tempo.

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