Entrevista com o fã e coleccionador: José Ricardo do Socorro Lima

Entrevista conduzida por José Carlos Francisco.

José Ricardo do Socorro LimaPara começar, fale um pouco de si.
Onde e quando nasceu? O que faz profissionalmente?

José Ricardo: Sou carioca da gema. Nasci no bairro de Madureira, na Maternidade Herculano Pinheiro, Rio de Janeiro, Brasil, em 15 de Julho de 1972.
Actualmente, sou Oficial de Justiça do TRT da 1ª Região.

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Quando é que teve início esta paixão pela Banda Desenhada, em especial pelo Tex?

José Ricardo do Socorro Lima ensinando seu herdeiro a gostar de TexJosé Ricardo:
O gosto pelas revistas em quadrinhos eu peguei quando era bem pequeno, creio que eu devia ter uns dois ou três anos. Foi graças à Dona Luzia e ao Senhor Carlinhos, seu esposo, que compravam diariamente o jornal O Globo, no qual vinha, na metade dos anos 70, uma página inteira dedicada a tiras de vários personagens. E no domingo havia O Globinho Supercolorido, uma verdadeira preciosidade para mim. Eles eram meus vizinhos e emprestavam-me a página de quadrinhos para eu os colorir, porque ainda não sabia ler. E por aí começou meu gosto por esse tipo de leitura. Quanto ao Tex, os primeiros de que me lembro de ter lido foram-me emprestados pelo mesmo Senhor Carlinhos, que os comprava todo mês. Ele não tinha a colecção completa, mas eu lembro-me de que tinha muitos exemplares.

José Ricardo do Socorro Lima e TexPorquê o Tex e não outra personagem?
José Ricardo: Na verdade, como muitos sabem, minha personagem favorita é Zagor, o Espírito da Machadinha, do qual eu tenho um Blogue (http://zagorgigante.blogspot.com/), que actualizo sempre que tenho tempo, mas também gosto de ler Tex porque encontro, nas histórias, óptimos enredos, na maioria das vezes.

O que Tex representa para si?
José Ricardo: Tex é uma personagem de histórias em quadradinhos. É isso que ele representa para mim.

José Ricardo do Socorro Lima e ZagorQual o total de revistas de Tex que tem na sua colecção? E qual a mais importante para si?
José Ricardo: Creio ter por volta de umas 200 revistas. Todas são igualmente importantes, porque fazem parte da minha colecção.

Colecciona apenas livros ou tudo o que diga respeita à personagem?
José Ricardo: Actualmente, dou preferência a bonecos e outros gadgets do personagem.

Qual a sua história favorita? E qual o desenhador de Tex que mais aprecia? E o argumentista?
José Ricardo: Minha história preferida é A Volta do Dragão, publicada pela Editora Vecchi nos nºs. 85 a 87.
Aprecio muito os traços de Civitelli e os argumento de Mauro Boselli.

José Ricardo do Socorro Lima e o seu herdeiroO que lhe agrada mais em Tex? E o que lhe agrada menos?
José Ricardo: O que mais me agrada poder ver é que Tex não tem medo de enfrentar seus inimigos, sejam eles quantos forem. Se existisse mágica, Tex teria de ser transportado para o mundo real, para vir resolver o problema da criminalidade aqui no Rio de Janeiro. O que menos me agrada? O constante uso de palavras pesadas, como Diabo, Inferno, Satanás e similares. Na minha opinião, não haveria necessidade delas.

O herdeiro de tão grandiosa colecçãoEm sua opinião o que faz de Tex o ícone que ele é?
José Ricardo: Tex tem um lugar de destaque na BD mundial, porque mantém a sua fórmula editorial inalterada há 60 anos. Vejamos: há um roubo ou morte ou sequestro. Os malfeitores fogem. Tex vai em seu encalço. Tex desbarata a quadrilha. Tex vence. Se fugir dessa fórmula, não é Tex.

Para concluir, como vê o futuro do Ranger?
José Ricardo: Considerando o cenário mundial, vejo, ainda, com bons olhos o futuro do Ranger. Tanto na Itália quanto no Brasil, Tex tem uma multidão de fãs, o que permite que a revista sobreviva por outros 60 anos, no mínimo!

Prezado pard José Ricardo do Socorro Lima, agradecemos muitíssimo pela entrevista que gentilmente nos concedeu.

(Para aproveitar a extensão completa das fotografias acima, clique nas mesmas)

4 Comentários

  1. Olá JR.
    Parabéns pela entrevista, mas ficou faltando você dizer que é o “owner” de nosso grupo de discussão, o BonelliHQ, e que em minha opinião é o responsável, em muito, pela divulgação dos quadrinhos bonellianos por aqui.
    AMoreira.

  2. Resposta de JR:O que menos me agrada é o constante uso de palavras pesadas, como Diabo, Inferno, Satanás e similares.

    Gianni: ”Eu não concordo nisso, JR. Estas palavras já foram pensadas pelo próprio G.L.Bonelli: você sabe que no início Tex foi censurado pela censura Italiana, então o G.L. Bonelli teve que modificar os palavrões que já tinha utilizado (um pouco mais pesadas estas) para ficar com estas palavras que você não gosta. Podes pensar um dialogo entre Tex que fala para um patife dizendo: ”Você é um cara feioso”? 🙂 )
    Um abraço do seu amigo Gianni

  3. Gianni:
    Essas palavras só invocam os seres das trevas. Seres malignos que só enganam. É por isso que eu não gosto de vê-las nas revistas. É uma questão ligada à minha religião.
    Abraços,
    JR

  4. Boa noite José Ricardo.
    Sabe como faço para comprar a nova edição italiana número zero de Tex Willer e as edições seguintes?
    Tel 11 996125307
    Obrigado.

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