Paolo Eleuteri Serpieri foi convidado da Bonelli Store, em Milão, para apresentar a nova edição de ‘Tex. L’eroe e la Leggenda’

Na passada quinta-feira, dia 14 de Março, Paolo Eleuteri Serpieri foi convidado da Loja Bonelli (Bonelli Store), em MIlão, tendo atendido o numeroso público presente e autografado exemplares da nova edição do livro cartonado ‘Tex. L’eroe e la Leggenda‘ (Tex. O herói e a Lenda).

O autor veneziano na companhia do Director Editorial Michele Masiero e de Giovanni Boninsegni contou a génese do volume e o nascimento da série “Tex Romanzi a Fumetti“, em Fevereiro de 2015 e que ainda hoje, nove anos depois, continua em publicação.

Mas o Mestre Paolo Eleuteri Serpieri também passou pela redacção na Via Buonarroti nº 38, para cumprimentar o editor Mauro Boselli.

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Vídeo TVI: Em 20 anos, dois terços dos quiosques italianos (principais locais de venda de Tex) fecharam

Crise na Imprensa não se prende a Portugal.
Em 20 anos, dois terços dos quiosques italianos fecharam

Reportagem do Jornal Nacional da TVI e do Jornal Público
14 de Março de 2024

Quiosques emblemáticos de Itália fecham por quebra na venda de jornais. Perdem-se locais que são o cimento que ajuda a manter unidas as comunidades locais.

No coração desta crise, está outra: a dos jornais, que quase não se vendem. Em 2004, eram vendidos nos quiosques italianos mais de nove milhões e meio de jornais todos os dias – agora, esse número não chega a um milhão.

Tex inevitavelmente também tem perdido compradores nos quiosques, felizmente não num nível ainda  tão catastrófico… mas a tendência será também que continue em queda com o avolumar dos encerramentos dos quiosques em Itália durante os próximos anos.

A família de Fabiano Pompei tem um quiosque de jornais perto da imponente Basílica de São João de Latrão, em Roma, desde 1948. A família de Marco Volpini foi proprietária de um perto das Fonte de Trevi durante um século. Ambos eram negócios prósperos, mas uma queda prolongada nas vendas de jornais obrigou Pompei e Volpini a fecharem as suas persianas metálicas pela última vez — tal como milhares de outros proprietários de quiosques em Itália.

“Podemos fazer sacrifícios até um certo ponto, mas se estamos a ganhar pouco ou mesmo a perder dinheiro, é melhor fechar e fazer outra coisa, mesmo que isso nos doa por dentro”, disse Pompei, de 30 anos.

Volpini tinha tomado recentemente conta do pequeno quiosque que pertencia ao pai, mas depressa se apercebeu de que não conseguia fazer face às despesas. “Daqui a cinco anos já não haverá quiosques. As pessoas vão obter toda a informação através dos telemóveis”, diz.

O organismo do sector, Snag, estima que dois terços dos quiosques de informação italianos tenham encerrado nas últimas duas décadas, deixando apenas cerca de 12.000 em actividade.

A Câmara de Comércio Italiana afirmou num relatório de Janeiro que, só nos últimos quatro anos, tinham fechado 2700 quiosques, o que representa uma queda de 16% a nível nacional, com Roma a registar uma quebra de 21%. No centro da crise está a queda das vendas de jornais, que representam a maior parte das receitas dos quiosques.

Em 2004, cerca de 9,54 milhões de jornais eram vendidos diariamente nos quiosques, segundo os dados da ADS, a empresa que acompanha as vendas editoriais. Em 2014, esse número baixou para 2,6 milhões, voltando a descer para cerca de 950 mil em Janeiro de 2024.

“O declínio da circulação dos jornais está numa trajectória descendente muito estável. Já se verifica há décadas e não há sinais de que vá mudar”, afirmou Alessio Cornia, professor assistente na Universidade da Cidade de Dublin, especializado em jornalismo.

Fabiano Pompei tinha um quiosque de jornais em Roma

Tempos de mudança

Enquanto os editores podem ter a esperança de manter as suas receitas em queda, transferindo os leitores para a Internet, os proprietários dos quiosques estão a ter muito mais dificuldade em reinventar-se.

Stefano di Persio gere um quiosque no centro de Roma, junto à sede do maior jornal da cidade, Il Messaggero. Costumava vender centenas de jornais por dia, mas agora vende menos de 50. “É uma piada”, disse, sem se rir.

O seu quiosque clássico e octogonal está repleto de bugigangas turísticas, como ímanes para o frigorífico, aventais e calendários com belos padres. Uma mão-cheia de jornais está guardada para os antigos habitantes locais que ainda não foram expulsos pelos turistas invasores.

“A maioria dos romanos deixou este bairro e foi substituída por turistas, por isso vendemos recordações. Se tivéssemos de depender da venda de jornais, já teríamos fechado há muito tempo”, afirma.

Este ano, o Governo está a oferecer incentivos no valor de até dois mil euros para tentar estancar a hemorragia, mas os proprietários de quiosques dizem que o dinheiro só vai servir para aliviar a situação a curto prazo e não vai resolver as tendências a longo prazo.

Para reduzir os custos, uma das bancas de jornais mais famosas de Roma, a dois passos do gabinete da primeira-ministra, transformou-se em Janeiro numa máquina automática de distribuição de jornais, eliminando a necessidade de pagar a alguém para entregar pessoalmente os exemplares.

Muitos habitantes locais lamentam a mudança dos tempos. Os quiosques são o cimento que ajuda a manter unidas as comunidades, locais onde se fala de política, de futebol e do tempo.

Quando Pompei abriu brevemente o seu quiosque esta semana para mostrar as prateleiras vazias, os velhos amigos juntaram-se rapidamente, esperando que ele tivesse mudado de ideias. Ficaram desiludidos.

“Este é o segundo quiosque do bairro a fechar. É uma tragédia”, diz Eufemia Curci, professora reformada. “É um grande fracasso da nossa cultura. As pessoas não lêem, só olham para o telemóvel. É triste.

Pompei tinha tentado transformar a sua banca de jornais numa pequena livraria, mas o volume de negócios nunca vingou e ele continuava a ter de se levantar todas as manhãs às 4h30 para receber as edições da manhã, iniciando um dia de trabalho que se prolongava até às 20 horas.

“Todas as noites sonho com o meu quiosque porque ele está no meu coração… mas não podia continuar”, disse.

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“I’m your Huckleberry, that’s just my game.” (Tombstone; 1993) – Interpretação de Laura Zuccheri com a participação de Tex e Carson

Tombstone (Brasil: Tombstone – A Justiça Está Chegando; Portugal: Tombstone) é um filme americano de 1993 do género western, escrito por Kevin Jarre e dirigido por George P. Cosmatos. O filme conta a história dos irmãos Earp, famosos homens da lei do Velho Oeste americano, a partir da chegada deles a Tombstone, cidade mineradora de prata localizada no Arizona. Além das referências históricas, o filme baseia-se principalmente em Gunfight at the O.K. Corral, clássico do cinema de 1957.

“I’m your Huckleberry, that’s just my game.” (Tombstone; 1993)

“I’m your Huckleberry, that’s just my game.” (Tombstone; 1993) – Interpretação de Laura Zuccheri com a participação de Tex e Carson

As Resenhas de Rafael: Biblioteca Bonelli – A Mão Negra

As Resenhas de Rafael*

Biblioteca Bonelli: A Mão Negra
Roteiro e arte: Onofrio Catacchio
116 páginas
Editora: Tortuga

Nova York, década de 1910. Navios que partiam do Velho Mundo chegam aos cais de Manhattan com regularidade, carregados de imigrantes e seus sonhos de uma nova vida na “terra das oportunidades”. Entre eles, um número expressivo de italianos buscam estabelecer no bairro de Little Italy o seu quinhão da prosperidade americana, embora nem todos pelas vias legais…

Afinal, o crime também atravessou o oceano Atlântico e replicou as práticas mafiosas sob o código d’A Mão Negra, que age impondo medo e terror entre os habitantes de Little Italy. Como se isso não bastasse, um serial killer age entre os becos enegrecidos de Nova York, matando prostitutas e escalpelando-as, cruelmente.

É nesse cenário de crime e tensão social que o policial Joe Petrosino atua, à frente do seu esquadrão de elite, “Italian Branch”, para conter o avanço da Mão Negra e capturar o assassino à solta.

Com roteiro e arte de Onofrio Catacchio e publicado originalmente pela Sergio Bonelli Editore na série Le Storie, o enredo de “A Mão Negra” remete a clássicos do cinema, como “Era uma vez na América” e “Os intocáveis“, trazendo figuras históricas como o próprio Petrosino e o tenor Enrico Caruso, numa sequência de tensão habilmente construída.

Os casos são investigados simultaneamente, e acompanhamos cada passo pelos olhos do personagem Davide Orsi, repórter italiano que viaja à América para conhecer de perto o cotidiano de seus compatriotas mas que acaba, eventualmente, na companhia de Petrosino, que o guia pelos segredos e tipos nova-iorquinos.

Embora traga uma arte funcional e um pouco engessada nas passagens de ação, Catacchio a compensa na elaboração de um roteiro cheio de informações e bem conduzido, dando o devido espaço a cada núcleo apresentado, em especial os integrantes da Italian Branch.

A mão negra” integra a coleção Biblioteca Bonelli, iniciativa da editora Tortuga que explora outras facetas da tradicional casa editorial de Tex e Dylan Dog.

* Rafael Machado é professor, escritor e jornalista. Publica suas resenhas no perfil do instagram “Leituras do Exílio“, além de colaborar com o sítio “Quinta Capa”.

(Imagens disponibilizadas pela Editora Tortuga; clicar nelas para as apreciar em toda a sua extensão)

INÉDITO na Internet mundial: A letra de ‘SOUL TRAVELER (TO SERGIO)’, de Graziano Romani

SOUL TRAVELER (TO SERGIO) [4.01]

Soul traveler (to Sergio)do álbum de Graziano Romani Yes I’m Mister No.

Whatever it is that keeps you movin on
whatever the reason that makes you
change your mind
need a faraway place when you’re feeling blue
where you can leave all of your worries behind
it’s the place I need to find, ‘cause

I’m a soul traveler, and I’ve got more than a tale
to tell.

Follow a dream of life and wonder
Sahara to the Amazon and the river Nile
been searchin’ for truth in the eyes of a stranger
and some comfort in a good friend’s smile
I’m stayin’ just for a while, ‘cause

I’m a soul traveler, and I’ve got more than a tale
to tell
I’m in love with all the beauty of the world
I’m a soul traveler, a soul traveler.

There’s so many stories and books to read
songs to hum and desires to feed
so many countries and cities and roads
rny baggage is light, I’m rarin’ to go…

I’ve find wisdom in the face of the moon
in a million comic-books word balloons
and the grooves of an old scratched forty-five
this juke-box will keep me forever alive…
I’m a soul traveler, and I’ve got more than a tale
to tell
I’m in love with all the beauty of the world, yeah…

I’m a soul traveler, a soul traveler
in love with all the beauty of the world
I’m a soul traveler, a soul traveler.